Pará: Conflito agrário será discutido em Brasília

A reunião realizada nesta sexta-feira (22), em Marabá, entre representantes dos órgãos de Segurança Pública do Pará, dirigentes do Incra, MST, Ouvidoria Agrária Nacional e Comissão Pastoral da Terra (CPT) para discutir soluções aos conflitos entre trabalhadores rurais sem-terra e seguranças da fazenda Cedro, não foi nada satisfatória. A reunião foi suspensa.
Segundo informações do advogado da CPT, José Batista Afonso, a mobilização do MST deve continuar até que sejam apresentadas soluções concretas por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).''Como não houve negociação para solucionar os conflitos, a reunião precisou ser suspensa. O caso será levado a uma audiência em Brasília para que se chegue a um acordo", disse Batista. A data da audiência no Distrito Federal ainda não foi agendada.
Entenda o caso
Doze pessoas ficaram feridas a tiros em um confronto ocorrido na manhã desta quinta-feira (21), na fazenda Cedro, localizada na divisa entre os municípios de Marabá e Eldorado dos Carajás.
Segundo informação da CPT, a partir de informações do MST, famílias sem-terra foram recebidas a bala por seguranças da fazenda durante um ato público realizado, na manhã de quinta-feira (21) dentro da área da fazenda. A Agropecuária Santa Bárbara, proprietária da fazenda Cedro, reconhece que houve confronto. Porém, segundo a agropecuária, foram os sem-terra que atacaram a propriedade sem que houvesse qualquer tipo de provocação
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) a situação no local foi amenizada ainda na tarde de quinta-feira (21), quando seis seguranças da Fazenda foram detidos para prestar depoimento. Com eles foram apreendidas seis armas de calibre 12, que serão periciadas. Os seguranças foram ouvidos e o inquérito instaurado.
No mesmo dia do conflito, cerca de 100 homens das polícias Militar e Civil foram enviados ao local. Da Polícia Militar estão na região homens do Grupamento Tático Operacional de Marabá e do Comando de Missões Especiais do Batalhão de Choque e policiais do Comando de Operações Especiais. A Polícia Civil enviou integrantes da Delegacia de Conflitos Agrários e da Superintendência de Policia de Marabá, para fazer a segurança da área.


G1 Pará

Comentários

  1. EMANUEL BENTES23/06/2012, 07:21

    Os extremismos e exageros dos movimentos provocam situações como estas e até processo pra perda de presidente como no Paraguai,ONDE NUM PROCESSO ralampago no congresso movido por grupos dos latifundiarios de lá, eleitos pelo povo.
    Por sua vez, o Governo e muitos funcionarios do INCRA/MDA dificultam na regularização das terras e conclusao dos processos,onde uma simples informação de CPF não é passada ao agricultor e um processo passa mais de 10 anos parado,na pendencia disto, prejudicando especialmente os pequenos e trabalhadores rurais ja que os grandes proprietarios tem assessorias juridicas,contabeis e tecnicas pra acompoanhar seus processos junto ao INCRA/MDA.
    TERRA e PODER estaosempre associados, desde o inicio da humanidade e será sempre uma batalha, constante.
    Agora o Governo que é uma parte comprometida com o social mas recebe influencia e apoio até de latifundiarios, que mesmo não gostando apoiam porque precisam tirar proveito do poder enquanto lhes for util e quando não for, enfrentam e colocaram as massas contra o Governo até derruba-lo como fizeram no Paraguai recente, so que de forma formal e aparente democratica.
    EMANUEL BENTES

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