Debate sobre “Revalidação Já” é marcado por polêmica em Belém.

[caption id="attachment_13808" align="alignleft" width="180" caption="Projeto de Lei de sua autoria quer garantir a revalidação automática de diplomas"][/caption]

"O problema da falta de mestres e doutores em todo o Pará é tão grave, que em Santarém, por exemplo, a Universidade Estadual do Para (UEPA) vai formar a primeira turma de médicos no mes que vem e, o curso de Medicina do município tem apenas um doutor no quadro de docentes. Mesmo assim, é um profissional de São Paulo que decidiu vir morar na cidade”, disse o deputado Nélio Aguiar, nesta segunda-feira, 28, durante audiência pública, que debateu com estudantes e representantes de instituições de ensino do exterior, deputados federais, na sala Pará do Hangar-Centro de Convenções e Feiras da Amazônia- projeto de Lei de sua autoria, que garante a revalidação automática no Pará dos diplomas dos cursos de pós-graduação “strictu sensu” (mestrado e doutorado) em países do Mercosul e Portugal. A solicitação de audiência pública foi assinado em conjunto com o deputado Eliel Faustino. “Vivemos num mundo globalizado não podemos ficar criando barreiras para tentar impedir que o conhecimento seja sem fronteiras, o conhecimento tem que ser universal”, defendeu Nélio Aguiar.
O doutor Vicente Celestino, presidente da Associação Associação Nacional dos Pós-Graduados em Instituições Estrangeiras de Ensino Superior (Anpegiees) e Luis Vilhena da Associação Brasileira de Pós-Graduação no Mercosul (abpos) estiveram presente na audiència. Vicente afirmou que anualmente no Brasil cerca de três milhões de pessoas concluem graduação e muito poucos desses novos profissionais tem oportunidade de continuar os estudos por falta de oportunidades nas universidades e faculdades brasileiras. Luiz Vilhena detalhou que o processo de devalidação dos diplomas imposto pelas universidades nacionais vai de encontro ao Acordo de Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividade Acadêmica nos Estados Partes do Mercosul. "Os governantes precisam cumprir o que diz o tratado de paz e amizade e garantir que os profissionais que tiveram os diplomas obtidos em instituições de ensino superior com quem o Brasil assinou Tratado ou Acordo tenham o direito a utilizar seus títulos no exercício da profissão”, defendeu Vilhena.
Na próxima quarta-feira, 30, a comissão nacional pela revalidação do diploma estará em Santarém.


Com informações de Kátia Aguiar

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