E um Governador, quando virá?

A "província rebelde" de Santarém, recentemente derrotada no plebiscito para se separar do Pará, vem sendo "consolada" com a escolha de vices-governadores desde o meado do século 19. Naquele tempo, Miguel Antônio Pinto Guimarães, o Barão de Santarém, foi nomeado vice-presidente da Província do Grão-Pará. Ele teve oportunidade de governar a província em duas ocasiões, em virtude das ausências do titular. Chegou a ser convidado por Pedro II para ser senador, mas não quis, preferindo continuar comandando suas dezenas de escravos indígenas e negros na foz do Tapajós.
Guimarães governou o Pará de julho de 1855 a maio de 1856 e de maio de 1869 a novembro do mesmo ano. Quase um século e meio depois, novamente Santarém oferece ao Estado um vice, na pessoa do ex-separatista Odair Correa. No presente, outro vice, Helenilson Pontes, também ex-separatista. Substituindo o titular, em discurso na abertura do ano legislativo no dia 1 de fevereiro, Helenilson "revelou" o que todos sabemos: o miséria corrói o povo paraense, com um PIB de 150 reais por pessoa.
Como será o caminhar dessa história? E um governador quando virá? Será na próxima eleição, no rastro da campanha do deputado Zenaldo Coutinho, o anti-separatista que, com seu discurso odioso, conseguiu promover a quase unanimidade eleitoral no Baixo Amazonas?



Do blog do Jornalista Manuel Dutra: Vices "consolam" Santarém desde o século 19

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