Curso do EJA estimula a evasão

[caption id="attachment_11186" align="alignleft" width="122" caption="Sebastião Dantas"][/caption]

Comentário do professor Sebastião Dantas sobre o post: Educação: Pará está entre sete piores em frequência escolar


A questão da falta de investimentos em educação no Brasil é notícia aqui e no mundo. Prova disso é que toda vez que são divulgados dados de organismos internacionais o nosso país está entre os últimos colocados. Em se tratando de país, as regiões Norte e Nordeste, ocupam o lugar que o Brasil ocupa no mundo, são sempre as últimas calocadas.


A questão da evasão escolar criou dentro do sistema educacional um círculo vicioso onde o aluno abandona a escola agora, com idade entre 15 e 17 anos, e volta depois dos 30, 40, 50 anos para estudar nos cursos supletivos. Aliás os cursos supletivos (EJA) estimulam a evasão no ensino regular porque oferecem duas séries em um ano.



Outra questão importante são os investimentos em educação. Veja os exemplos do governo do Estado e municipal. No Estado o governo luta e reluta em pagar um direito constitucional aos professores que é o Piso Salarial Nacional. No caso municipal quanto mais recursos vem, via FUNDEB, mais programas compensatórios são criados, de forma que o último a ser valorizado é o professor.


Acredito que hoje temos dois problemas centrais na educação brasileira. Primeiro é que os cursos de formação de professores deixaram de valorizar a dimensão política da educação: aquela que vê a educação como transformação da sociedade. Agora não temos nem qualidade na dimensão técnica e muito menos política. O segundo, é uma lógica de mercado, que por pagar tão mal os professores, não atrai os melhores profissionais. Não é atoa que ninguém quer mais ingressar nos cursos de licenciatura.


Enquanto isso os egressos da escola, por evasão, ingressão nos presídios e Funcaps da vida.


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