Dignas mulheres e honrados homens, fomos todos LESADOS.

[caption id="attachment_8733" align="alignleft" width="138" caption="Noel"][/caption]

Por: Noel Sanches (*)


O “aumento” anunciado pelo governo não passa de uma falácia, puro escamoteamento. Na essência das entrelinhas ele foi fabricado, sorrateiro e ardilosamente lesivo a toda categoria.


Quando divulga na mídia é porque quer golpear-nos com ostentação e muita categoria. E ainda pior, afirma que não temos condições de raciocinar matematicamente. É lamentável ver que alguns colegas ficaram completamente satisfeitos. A veracidade dos fatos não é o aumento, mas a subtração de 70% (setenta) do nosso piso nacional. O governo escancaradamente sangra a educação no Pará. Também pudera! Um Pará que bonifica quem atira pelas costas (Caso Irmã Dorothy, Anapu) só poderia atacar trabalhadores e não cumprir com a lei. Um governo que não merece crédito, pois solicita prazo, a categoria concede; quer negociar, a categoria negocia; solicita mais tempo, a categoria confia. Entretanto, de forma arbitrária e espúria, o governo abusa da classe e quebra com todos os acordos pautados na mesa de negociação. O que se observa com isso é a multilação nos direitos constitucionais adquiridos. É necessário dar um basta nessa malversação dos recursos públicos. É essencial que a categoria perceba as profundas lesões causadas no seio educacional. Precisamos de homens comprometidos com a bandeira da educação e não somente com partidos políticos.



No governo passado, a cadeira da SEDUC parecia uma ciranda. No atual, parece que não será diferente. Ainda nem aniversariou e já foi substituído. E em palanque dizia: “ A educação é minha prioridade”. A categoria deve ser valorizada e quem vai promover isso nunca foi e nem será nenhum governo. O verdadeiro valor dos trabalhadores tem origem nos próprios trabalhadores.


Como é difícil trabalhar na hora da fome (Romana Leal). Como é árduo trabalhar exposto ao sol (Educação Física). Como é sacrificial trabalhar 400 horas para aumentar nosso padrão de vida. Deveríamos trabalhar apenas 200 e receber pelas 400. Isso sim é promover a qualidade social na educação.


Nós não podemos permitir que o punhal do engano fira nossos direitos, corte nossos sonhos, mutile nossas garantias constitucionais.


Portanto, que o Sol imperioso da justiça traga luz ao nosso entendimento para que saibamos discenir entre a leveza das palavras e a solidez das ações. Saiamos do nosso marasmo e sejamos afetuosamente tocados pelas causas comuns. Causas que levem a liberdade. Causas que incendeiem as nossas paixões. Causas que toquem a nossa racionalidade, incendiando nossas mentes e aquecendo nossos corações.


(*) Coordenador do SINTEPP/Santarém e poeta.

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