Se dividir fosse bom o Amapá seria Suiça

No blog do Flávio Nassar


Assisti ao debate sobre a divisão do Pará realizado dia 30 de Junho, na UFPA.
Confirmo, os argumentos dos divisionistas não se sustentam:
Argumento 1- O Pará é muito vasto e não dá para governar.
Para acabar com este argumento basta ver os exemplos de Sergipe e Alagoas que estão entre os piores estados brasileiros, depois, como propor um estado tão vasto como o Tapajós?
Argumento 2 - Os exemplos da criação dos Estado do Mato Grosso do Sul e do Tocantins como casos bem sucedido de divisão territorial.
Por que eles não falam do Amapá, de Rondônia, de Roraima, que desmembrados Primeiro se tornaram territórios federais, assistidos diretamente pelo governo federal, depois estados e continuam precários? Então o desmembramento, a criação de novas estruturas administrativas não significam necessariamente que os novos estados terão sucesso.
Argumento 3 - O descaso do governo federal pela região e que, com o aumento da bancada amazônica, teríamos mais força para pressionar.
Quanto ao descaso, não é de agora, nunca o governo federal deu a palavra para as lideranças da região, nem no governo militar nem nos governos pós-redemocratização: PMDB, PSDB, PT. Para resolver esta questão não será com aumento da bancada, o deputado Fernando Gabeira enfrentou sozinho o baixo clero de Severino Cavalcanti obstruiu as pautas.
O problema é a subserviência de nossos políticos às direções nacionais de seus partidos e aos governantes de plantão no Planalto.
É por isso que a Transamazônica ou a Santarém-Cuiabá não estão asfaltadas, e o Lula fez uma inauguração fake das eclusas de Tucuruí, de fato, as eclusas ainda não estão concluídas e operando.
Nestes casos os debatedores pró-divisão Giovanni Queiroz e Lira Maia poderiam ter usado dos diversos mecanismos que o parlamento dispõe para "chantagear" o executivo e obter o cumprimento destas aspirações de décadas.


P.S. 1: Nunca ver o governo federal como amigo.

Comentários

  1. ACORDA MEU POVO. vamos deixar de picuinhas.



    Estas mesquinharias de nosso oeste que dificultarão e embaraçam a unificação das forças

    políticas para o grande embate do momento, que é o plebiscito pela criação do Estado do Tapajós.

    Na capital os “contra” estão se unindo e questões do tipo como divergências políticas ou

    partidárias estão sendo deixadas de lado, tanto assim que vejo aqui na capital todos juntos

    PSOL,PSDB,O LIBERAL, DIARIO DO PARÁ, OS CHAMADOS INTELECTUAIS e formadores de opinião,

    todos com profundas divergências ideológicas, mas estão relevando as diferenças e deixando para

    depois, em 2012 os debates para eleições municipais e todos se reunindo, se articulando, formando

    discurso único e comitês contra o nosso ESTADO DO TAPAJOS, enquanto por Santarém, principal

    cidade , as discussões são besteiras insignificantes que não contribuem , mas só atrapalham o

    movimento, como do tipo onde será a capital do Tapajos, quem será o Prefeito de Santarém. Ora,

    burrice, isto é secundário no atual momento.

    Enquanto isto, nesta Belém, ocorrem os debates sobre a divisão do Estado do Pará, formação

    de frente pela manutenção da integridade territorial do Pará e os nossos lideres nossos dai não

    aparecem, deixam campo aberto contra nós.

    O que precisamos fazer é nos articular em um mesmo discurso pela EMANCIPAÇÃO ,

    precisamos usar a cabeça que não é de enfeite. O importante é defendermos a tese de

    que a emancipação do Tapajós e do Carajás também é benéfica para o

    Pará remanescente, que, com um território e uma população menor,

    poderá assistir melhor os paraenses. Ganharemos todos.

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  2. Sou nascido em Belém e conheço bem a realidade em especial do Oeste do Pará. Se vocês do "NÃO" morassem lá e tivessem há 1h15min de boing da capital ou 3 dias pendurado numa rede de barco e sem acesso rodoviário seguramente mudariam seu conceito. Como eu há muito mudei o meu. Ver famílias inteiras viajar muitas vezes para Manaus ou Belém em embarcações de 3 a 4 dias buscando assistência médica, inclusive até morrendo no trajeto é algo de partir o coração (Isso quando tem condições de viajar). Pior ainda é buscar oportunidades de trabalho em Manaus e ser rotulado como paraenses bandidos por uma minoria de idiotas (vcs do "NÃO" já devem ter lido algo a respeito!). Sou paraense de coração, inclusive Belenense e nunca deixarei de ser, mas voto SIM pela dignidade daqueles nossos irmãos que ali vivem.

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