Santarém, a cidade dos sonhos!

Paulo Paixâo
Vamos fazer de conta que estamos em dois mil e vinte e dois (2022) e que a Pérola do Tapajós fora governada por santarenos que a querem bem, por sucessivos mandatos... Um dos seus filhos, que se afastara há nove anos, retorna, e a encontra, assim, justamente assim como podemos imaginar:
Sua orla estende-se da Área Verde até exatamente às Docas do Pará, com um majestoso detalhe, isto é, seu calçadão em variadas cores todo adornado com obras artísticas, palmeiras, bancos e aparelhos de ginástica é palco do frenesi de gente malhando, passeando, admirando, vivendo a vida com imenso prazer...


O rio Tapajós até parecera mais azul, pois, não se via navios de médio e longo porte, aqueles poluidores contumazes de rios e mares, atracados na sua orla ou fundeados em frente à cidade. O governo abrira novos portos para carga e descarga, obras grandiosas de natureza sustentável. Leis, rigorosas, puniam infratores que poluíssem os rios e as ruas... O rio se renovara... e tinha legislação própria....consistente e pormenorizada...



O filho que estivera ausente por tanto tempo, agora, espanta-se e se emociona. Andara nas ruas do comercio e as viu, todas, bem asfaltadas, sinalizadas, com semáforos novos, espaços de estacionamentos, inclusive, para deficientes físicos e idosos.


Passeou de carro pelas avenidas e travessas e viu que a prefeitura, realmente, caprichara. Cuidou para que o asfalto chegasse até as áreas suburbanas, com canais, bueiros e estações de tratamento de lixo e das águas infectadas.


Assistiu ao clássico São Raimundo e São Francisco com arquibancadas cheias e o “Colosso do Tapajós” inteiramente concluído, (esqueceram-se as rixas políticas a bem de todos nós) sobressaindo-se como um estádio de vanguarda.


Era verão e as praias da frente da cidade estavam limpas e saudáveis, não havia despejo de águas de esgoto e tornara-se um convite irrecusável ao mergulho, eis que o cenário era maravilhoso: pescadores em suas canoas a vela ou não, tarrafiando ou aporfiando sob as rajadas de vento varzino... as maresias induziam alegria e bandas de rock agitavam os jovens e rejuvenesciam os idosos...


Santarém tornara-se, predominantemente, uma cidade turística. Toda população sentira-se feliz pela guinada, por isto, mudara sua relação afetiva com a cidade. Tornara-se fiscal renitente: repreendia quem jogava lixo na rua; quem sujava as praias; os rios... O povo tornou-se ambientalista exemplar e se sentia inserido no contexto, por isto, cuidava das cores do seu muro, da sua casa, do verde da cidade e era atento aos gastos públicos...


Postos de saúde bem equipados, atendendo as necessidades do povo e escolas modernas, com baixíssima evasão escolar e com boas notas de aferição da qualidade do ensino.
Seus músicos, escritores, poetas, artesãos, atletas eram prestigiados. Todos tinham espaço e vez para apresentarem ao público seus trabalhos artísticos e, na medida do possível, a Prefeitura os recompensava com incentivos efetivos à arte, à cultura...


O filho ausente viu toda aquela maravilha e já estava convencido de que deveria regressar ao seu torrão... Mas, desde a sua ida, havia se passado só dez anos e em, apenas, dez anos a cidade mudara tanto e pra melhor... Perguntou-se: “Que milagre foi esse?” “Que aconteceu de tão importante para gerar aquela benéfica e significante transformação?”


Para obter respostas à suas indagações, vasculhou biblioteca, arquivos institucionais, conversou com pessoas e por fim, chegou a uma conclusão tão simples para tudo aquilo: fim da impunidade aos crimes de corrupção! Políticos corruptos foram presos e obrigados a devolver ao tesouro municipal o produto das suas apropriações indébitas... Num esforço extremo o Legislativo aprovou e o Governo Central sancionou leis que extirparam sequencias intermináveis de recursos que favoreciam a impunidade, decorrentes de processos de crimes diversos. A Justiça cooperou, deveras, com a sua imediata e rigorosa aplicabilidade... Desde então, tudo mudou! Os políticos e os gestores municipais cumprem eficazmente seu dever: cuidam do bem-estar e, diga-se de passagem, atendem ao interesse e à vontade do seu povo! "Governo do Povo, Pelo Povo e para o Povo”.

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