Plebiscito deve sair em até 6 meses.

Os plebiscitos sobre a criação dos estados do Carajás e Tapajós vão acontecer na mesma data e em no máximo seis meses. A publicação nesta sexta-feira (3), no Diário Oficial da União, do decreto autorizando a realização do pleito foi o passo final para o início dos trabalhos do Tribunal Superior Eleitoral que vai instruir o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/Pará) a organizar, realizar, apurar, fiscalizar e proclamar o resultado final do plebiscito. Ainda não foram definidas as datas para o evento.


O decreto autorizando o plebiscito para a criação do Estado do Carajás foi publicado no dia 27 de maio no DOU. Caso o TSE autorize a realização até o início de outubro, e o resultado seja pela divisão do Pará, até o final do ano o Pará poderá estar desmembrado em três diferentes unidades federativas.



O Estado do Tapajós poderá ocupar uma área de 58% do atual território paraense. Já o Carajás teria uma área equivalente a 25% do atual território do Pará.O Pará é o segundo maior Estado do país, com uma extensão de 1.248.042,515 km², pouco maior que Angola, dividido em 144 municípios.


De acordo com o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Giovanni Queiróz, o Orçamento Geral da União deste ano prevê R$ 8,6 milhões de recursos para a realização do plebiscito.


Dois meses após o plebiscito caberá à Assembleia Legislativa votar sobre a decisão das urnas. Em sendo aprovado o desmembramento, a proposta seguirá para apreciação do Congresso Nacional e em seguida para sanção da presidente Dilma Rousseff.


A Câmara dos Deputados já havia aprovado, no início de maio, a realização dos dois plebiscitos para a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. A proposta sobre o Carajás foi votada de forma definitiva pela Câmara, não necessitando de uma nova avaliação do Senado. Já a proposta sobre o Tapajós precisou voltar ao senado, que aprovou-a em plenário na última terça (31).


De acordo com os projetos, Carajás ficará no sul e no sudeste do Pará. Tapajós ficará a oeste do Estado. Se a divisão chegar a ser confirmada nas urnas, Carajás terá 39 municípios e 1,6 milhão de habitantes. Tapajós, 27 municípios e 1,2 milhão de habitantes. O novo Estado do Pará ficaria com 78 municípios e 4,6 milhões de habitantes --numa divisão do Pará em três Estados.


Assim como o referendo, o plebiscito é uma consulta feita à população para que decida sobre questão de relevância a respeito de matéria constitucional, legislativa ou administrativa. É convocado antes de um ato legislativo ou administrativo, para que a população aprove ou não, pelo voto, a proposta a ela submetida.


(Diário do Pará)

Comentários

  1. O QUE VAI OCORRER É UMA EMANCIPAÇÃO E NÃO UMA SEPARAÇÃO..

    O ser humano é muito egoísta, Pará, Tapajós e Carajás nunca vão se separar por questões geográficas. O que essa população que vive em situação miserável só deseja é se emancipar e construir um bem estar melhor, mais conforto, melhorias, infra estrutura, enfim um padrão de vida melhor. Todos irão crescer, o futuro Pará terá um PIB maior que os outros dois juntos. Não dá para ter uma região metropolitana de Belém desenvolvida e uma imensidão de território vivendo na miséria. Isso é egoísmo e ganância em detrimento do seu vizinho.
    Viva o futuro Estado do Pará, Tapajós e Carajás em prol de um Brasil melhor. Todos tem o direito de melhores condições de vida e a emancipação vai beneficiar a todos. Foi melhor para Goias e Mato Grosso e será melhor para desenvolver o Pará. Eu, friamente quero um país melhor e o melhor para essa região, é a emancipação dessa região. Por isso digo SIM.

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