Idesp coordena estudo sobre a divisão do Pará.

A realização do plebiscito sobre a divisão territorial do Pará motiva o debate dos aspectos socioeconômicos, ambientais, demográficos, institucionais e de novos cenários. Nesse contexto, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) coordena os estudos sobre a divisão do Estado para produzir informações, atendendo a uma demanda de Governo. A primeira reunião de trabalho foi realizada ontem.


“Ainda não há um estudo conclusivo que relacione o patrimônio natural do Estado – seja de biodiversidade, hídrico, florestal e mineral – e o que essa dinâmica significa em benefícios para as populações do território dividido, afirma a presidente do Idesp, Adelina Braglia. Os professores Roberto Corrêa e Gilberto Miranda Rocha, da UFPA, e Carlos Augusto da Silva Souza, da Universidade da Amazônia (Unama), foram convidados para a elaboração desse levantamento, considerando o conhecimento técnico e a dedicação científica que têm dado ao tema. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), que possuem termo de cooperação técnica com o Idesp, integrarão a coordenação do estudo.



Serão levantadas produções científicas sobre o assunto, que irão subsidiar o estudo. Algumas delas já estão disponíveis à consulta pública no site do Idesp – ww.idesp.pa.gov.br, cedidas pelos pesquisadores envolvidos no projeto. O plebiscito será realizado até o final deste ano e permitirá aos paraenses decidirem sobre a criação ou não de dois novos Estados – Tapajós e Carajás.


A divisão territorial e política do Pará já foi pauta da Revista de Estudos Paraenses, publicação Idesp, que em 2008 contemplou artigos de conceituados pesquisadores paraenses na coletânea “A divisão geopolítica e as políticas de integração regional na dinâmica populacional do Pará”.


Não há estimativas de impactos, mas um conjunto de indicadores, reunidos na publicação ”Retrato da Divisão do Estado”, mostra que o Pará ficaria com 56% do Produto Interno Bruto (PIB), Carajás com 33% e Tapajós com 11%. No comportamento da balança comercial, em 2010, no cenário da divisão do Estado, tem-se a distribuição: US$ 9.242 milhões no Carajás, US$ 2.830 milhões no Pará e US$ 596 milhões no Tapajós. (Diário do Pará)

Comentários

  1. Governador Jatene disse na chegada em Santarém, ainda no aeroporto, que é a favor do que o povo decidir sobre o Estado do Tapajós, que deve apenas agir como um árbitro, desde que vote todo o estado no plebiscito... a parte interessada em dividir somos nós, vocês pra lá, tem a maioria e inviabilizam a consulta popular, Assim é mesmo que perguntar ao Kadafi se ele quer sair do poder,

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  2. A pesquisa será de suma importância para uma tomada de decisão sobre o "sim" ou "não" a divisão do Estado. No entanto, fiquemos atentos a todos os dados que serão utilizados, pois o resultado de uma pesquisa depende muito dos questionamentos realizados e da análise coerrente desses dados.

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  3. Que democracia é essa, como nós queremos inviabilizar a consulta popular? vcs falam como se nós fossemos os estrangeiros querendo interferir num assunto que não nos diz respeito. Fala sério!!! consulta popular é toda população ser ouvida, é assim que funciona na democracia.

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